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Estrela do YouTube, cacatua que dança Backstreet Boys é objeto de estudo  científico - 09/07/2019 - UOL Entretenimento
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Antes de mais nada, Tiago Calil explica que o conceito de o pet ser ”exótico”, pode ter duplo sentido. ”Exótico pode ser um pet diferente, um animal que não é comum entre a população. Por exemplo: serpentes, anfíbios, aves. O outro sentido da palavra refere-se a espécies que não são de determinado local, por exemplo, as Cacatuas, que são originárias da Austrália. Portanto, essa ave é considerada exótica no Brasil”. Nesta matéria, utilizaremos a palavra no sentido de ser diferente, incomum.

São todos perigosos?

De acordo com Camila, é mito a crença de que animais de estimação exóticos são mais perigosos. De acordo com a veterinária, a maioria deles é até mais fácil de manusear que cães e gatos e o perigo vai depender muito da espécie. É importante estudar as características comportamentais do pet antes de adquiri-lo.  

Como realizar uma boa adaptação?

Camila afirma que a adaptação dependerá muito dos cuidados do tutor. É preciso avaliar o espaço que cada animal precisa, o tempo de atenção que o dono precisa dedicar a ele e se a pessoa está apta a oferecer a alimentação diferenciada que esses pets exigem. Tiago Calil dá alguns exemplos. As aves precisam de espaço para voar e a higiene do espaço precisará ser diária. Quanto aos anfíbios e répteis como serpentes e tartarugas precisarão de recintos especiais, como terrários e aquaterrários. Além disso, de acordo com o animal podem ser necessário colocar lâmpadas especiais. 

Qual diferença entre os pets exóticos e os pets convencionais?

Pets exóticos possuem pontos que os diferem dos convencionais. De acordo com o biólogo, o principal é a interação com o tutor. A maioria deles não aprecia um contato tão intenso como cães. Alguns não aceitam o toque.

Quanto à alimentação do animal, não é em qualquer pet shop que se encontra rações para ferrets (furão), por exemplo. Já os aracnídeos ainda precisam se alimentar de insetos vivos, como grilos e baratas. ”Estude a necessidade do pet em questão, veja se na sua cidade você tem acesso aos produtos necessários e condições para mantê-lo”, afirma.

Como ter um pet exotico de forma legal e segura?

É muito comum que as pessoas comprem papagaios, tartarugas, iguanas no  mercado ilegal e após algum tempo tentem legalizá-los Mas isso jamais deve acontecer porque é considerado crime. Existem normativas emitidas pelos órgãos responsáveis, descrevendo todas as espécies que podem ser comercializadas, algumas necessitam de um controle mais intenso, outras não.

Essas leis podem variar de um Estado para outro. O animal precisa acompanhar a documentação de origem, e dependendo da espécie, precisa ser anilhado (no caso de aves) ou microchipado (no caso de mamíferos e répteis). ”Procure lojas que fazem um trabalho sério, com bons profissionais, junto a biólogos e veterinários. Eles sim poderão analisar o estado de saúde de cada espécie e explicar como cuidar corretamente”, aconselha Tiago.

Quando é melhor não ter um pet exótico?

Ficou claro que esses animais precisam de muitos cuidados como qualquer outro, então o especialista aponta que se não estiver disposto a dedicar o seu tempo ao bicho, é melhor repensar a posse dele. É muito importante que a pessoa tenha consciência da responsabilidade de adquirir e manter um animal. ”Veja se realmente você poderá cumprir com as necessidades da espécie escolhida, existem animais, como os jabutis, que atingem facilmente 60 anos”.

Quais são totalmente proibidos?

Qualquer espécie que não conste nas listas descritas pelos órgãos públicos é considerada ilegal. ”Acredito que o extremo seriam as espécies que oferecem riscos a população, como aracnídeos e serpentes peçonhentas. Outro problema são animais considerados pragas. Um exemplo clássico é o tigre d’água norte americano”, finaliza.

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